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Por Diário do Comércio em 20/10/2025 08:01
As taxas de juros que financiam o giro dos negócios e os investimentos continuam em níveis muito elevados. A taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central, está em 15% a.a. e autoridades dizem que não será possível reduzi-la tão cedo. As taxas efetivamente pagas pelas empresas são múltiplos dela.
A pressão que o alto custo do crédito exerce sobre a atividade econômica é visível. Não são poucas as empresas de porte que estão recorrendo à proteção judicial contra credores. Taxas elevadas de juros fazem as dívidas se avolumarem - o que aumenta o risco de inadimplência e até de insolvência.
Neste cenário, somente as empresas mais robustas encontram linhas de crédito preferenciais ou oportunidades de securitização de recebíveis, ou outros ativos monetizáveis, nos mercados organizados de títulos privados.
Empresas médias e pequenas, que não disponham de bons colaterais, não gozam de acesso ao sistema bancário de primeira linha e são obrigadas a recorrer a empresas de factoring (faturizadoras) para obter capital de giro. Aqui também há uma segmentação notável: há empresas faturizadoras de porte, que trabalham com clientes bem estabelecidos e de risco menor, e pequenas faturizadoras, que financiam clientes que nem bancos nem grandes faturizadoras ousam tocar.
Estes pequenos empresários estão pagando às faturizadoras juros que andam em torno de 5% ao mês, custo financeiro tão alto que dificilmente pode ser absorvido na margem bruta das operações. Estas pequenas empresas estão sendo destruídas pelos altos custos financeiros.
O fracasso dos pequenos empreendimentos significa destruição de muitos empregos de nível de entrada incluindo jovens inexperientes, ex-egressos de instituições e trabalhadores em tempo parcial. Além, é óbvio, do emprego do próprio empresário.
O que fazer para desinflar a espiral de juros? Baixar simplesmente a taxa Selic de maneira abrupta seria irresponsável por levar a economia de volta à espiral inflacionária pré-Real. A Selic está tão elevada porque o governo, para financiar seus déficits, não cessa de vender títulos no mercado. À medida que a dívida pública cresce e o risco de inflação aumenta, os investidores exigem taxas de juros mais elevadas.
A percepção de que o governo não está comprometido com a prudência fiscal, reforçada pelo abandono do teto de gastos e pela exclusão de várias formas de gasto do novo “arcabouço fiscal” não ajuda. Confiança pública se traduz em taxas de juros menores. Tragicamente, um governo que queira de fato controlar as contas fiscais, se não gozar de credibilidade terá que fazer um esforço fiscal muito maior que outro percebido como fiscalmente responsável.
Talvez seja tempo de implantar o Conselho de Gestão Fiscal, previsto na lei de Responsabilidade Fiscal. Do CGF participariam União, estados, municípios e os poderes legislativo e judiciário. Ele cuidaria de evitar o desequilíbrio fiscal e restaurar a credibilidade da política fiscal.
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