10-05-24_13-14-42_equifax_ac.svg

Área do Associado


Déficit em conta corrente supera R$ 7 bi em julho, o maior para o mês desde 2019

A entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) somou US$ 8,324 bilhões no mês. Em 12 meses, atingiu US$ 68,169 bilhões, próximo do esp

Por Diário do Comércio em 27/08/2025 07:12


O Brasil teve déficit de US$ 7,067 bilhões na conta corrente em julho, após um saldo negativo de US$ 5,131 bilhões em junho, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira, 26/08. Foi o maior déficit para meses de julho desde 2019, quando o rombo havia sido de US$ 11,513 bilhões.

A conta corrente tem saldo negativo de US$ 40,081 bilhões no acumulado do ano. Em 12 meses, o rombo passou de 3,42% (dado revisado) do Produto Interno Bruto (PIB) em junho para 3,50% em julho, a maior taxa desde abril de 2020, quando estava em 3,56%.

A balança comercial teve superávit de US$ 6,468 bilhões no mês passado, segundo a metodologia do BC. A conta de serviços teve déficit de US$ 5,016 bilhões. A conta de renda primária ficou negativa em US$ 8,880 bilhões, e a conta financeira, negativa em US$ 8,723 bilhões.

O Banco Central espera déficit de US$ 58 bilhões nas transações correntes e entrada líquida de US$ 70 bilhões em IDP este ano, segundo o Relatório de Política Monetária (RPM) de junho. A projeção da autarquia para o superávit comercial do Brasil em 2025 é de US$ 60 bilhões.

Lucros e dividendos

A rubrica de lucros e dividendos no balanço de pagamentos teve déficit de US$ 4,713 bilhões em julho. Em julho de 2024, os lucros e dividendos tiveram saldo negativo de US$ 3,179 bilhões.

As despesas com juros externos somaram US$ 4,194 bilhões no mês passado, contra US$ 4,389 bilhões em igual período de 2024. No acumulado do ano até julho, a rubrica de lucros e dividendos está negativa em US$ 26,587 bilhões, enquanto a dos gastos com o serviço da dívida está negativa em US$ 16,923 bilhões.

Viagens internacionais - A conta de viagens internacionais teve déficit de US$ 1,646 bilhão em julho, informou o BC. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram no exterior e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil. Em julho de 2024, o déficit nessa conta foi de US$ 1,227 bilhão.

Os brasileiros gastaram US$ 2,342 bilhões no exterior no mês passado. As despesas dos estrangeiros com viagens ao Brasil ficaram em US$ 696 milhões. A conta de viagens internacionais teve déficit de US$ 12,330 bilhões em 2024.

Investimento direto

A entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) somou US$ 8,324 bilhões em julho. No acumulado de 2025, a entrada líquida de IDP soma US$ 42,098 bilhões. Em 12 meses, atingiu US$ 68,169 bilhões, o equivalente a 3,17% do PIB.

O BC espera entrada líquida de US$ 70 bilhões em IDP em 2025, o equivalente a 3,2% do PIB, segundo o Relatório de Política Monetária (RPM) de junho.

Ações - O investimento estrangeiro em ações brasileiras foi negativo em US$ 979 milhões em julho. No mesmo mês de 2024, o resultado havia sido positivo em US$ 1,485 bilhão.

O investimento líquido em fundos de investimento no Brasil foi negativo em US$ 121 milhões no mês passado. Em julho de 2024, havia sido negativo em US$ 626 milhões.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no país foi positivo em US$ 908 milhões em julho. No mesmo mês de 2024, havia sido negativo em US$ 106 milhões.

O investimento em ações brasileiras é negativo em US$ 1,465 bilhão no acumulado de janeiro a julho de 2025. O investimento em fundos é negativo em US$ 698 milhões. Em títulos negociados no mercado doméstico, o saldo é positivo em US$ 5,928 bilhões.

 

IMAGEM: Thinkstock

 

Original: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/deficit-em-conta-corrente-supera-r-7-bi-em-julho-o-maior-para-o-mes-desde-2019