Ser a voz, o apoio, o facilitador e o agente transformador, que cria um ambiente favorável ao desenvolvimento de quem pilota a locomotiva da economia: o empreendedor.
Por Assessoria em 13/10/2023 08:00
Nesta sexta-feira, 13 de outubro, uma das mais relevantes de Botucatu e região, a Associação Comercial de Botucatu (ACEB), completa 101 anos de fundação.
Historicamente reconhecida pela importância de sua atuação e objetivos, a ACEB promove, desde então, a assistência social, cultural, a representação política, a defesa de interesses da classe empresarial, a filantropia e muitas outras ações voltadas ao desenvolvimento econômico e ao empreendedorismo. Entretanto, desde quando foi criada, em outubro de 1922, a organização vai além dessas premissas.
No Brasil, as ‘Associações Comerciais’ são entidades locais nascidas da base empresarial para atender às necessidades dos empresários e empreendedores, congregá-los na defesa de seus interesses e prestar serviços que facilitem a realização dos negócios. Com este propósito e baseado no princípio da livre iniciativa e da defesa do desenvolvimento local e nacional, a Associação Comercial de Botucatu (ACEB) foi fundada por Carlos César.
Sem contar com qualquer recurso de origem governamental ou compulsório, a ACEB possui total independência nos seus posicionamentos e ações. Outra característica que a destaca desde a sua fundação é o fator multissetorial, já que se congregam em seus quadros empresários e empresárias de todos setores, além de profissionais liberais ligados às atividades econômicas, constituindo-se em um verdadeiro fórum empresarial.
É importante ressaltar que a ACEB sempre teve intensa colaboração com os poderes Executivo e Legislativo, contribuindo para o aprimoramento das leis e normas que regem as atividades econômicas, e continua na luta contra a burocracia e a tributação excessivas.
SCPC e a expansão das vendas a prazo
Para facilitar o desempenho das empresas, a Associação, desde o início de suas atividades, propiciou a seus associados informações do mercado e das empresas, visando dar mais segurança à realização dos negócios.
O Relatório da Diretoria de 1924 já chamava a atenção para a necessidade de se prestar serviços às empresas, resumindo que era preciso atrair os empresários por seus interesses para poder defender seus ideais. Nesse sentido, criou um boletim informativo sobre a inadimplência, que se desdobrou depois no Departamento de Informações Comerciais, que publicava os apontamentos e os protestos da Praça de Botucatu.
As vendas a prazo do varejo eram também muito limitadas pela ausência de um sistema de informações que garantisse segurança às transações. Por isso, organizou-se, em 1956, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), iniciativa pioneira no País. O SCPC permitiu a massificação do crediário e, com isso, a notável expansão das vendas a prazo. O banco de dados fornecia informações dos consumidores inadimplentes e era um importante fator de constrangimento à inadimplência.
A forte expansão das vendas a prazo levou à informatização do banco de dados, o que possibilitou, também, maior sofisticação das informações oferecidas às empresas e aumentando a segurança.
Com o ingresso do sistema financeiro nas vendas a crédito foi necessário interligar os bancos de dados das pessoas físicas, o que levou, por iniciativa e coordenação da ACSP, à criação da RENIC: uma rede que contava com cerca de 2000 “SPCs” de todo Brasil.
Com a expectativa da aprovação do Cadastro Positivo e o ingresso de empresas internacionais no mercado de informações, constatou-se a necessidade de dar maior autonomia operacional e realizar investimentos expressivos no banco de dados.
SCPC se transforma em uma grande empresa
Após o estudo de diversas alternativas por parte de um grupo de diretores e conselheiros, coordenado por Alfredo Cotait Neto e sob a presidência de Alencar Burti, propôs a transformação do SCPC em empresa, dando origem à Boa Vista Serviços, agora parte da americana Equifax.
A abertura do capital da Boa Vista Serviços deve ser um caso único de criação de prestação de serviços feita por uma entidade a seus associados que se transformou em um Unicórnio (definição de startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) e deve servir de exemplo de que a modernidade e a tradição não sejam conflitantes. Ao contrário, a unidade em torno de princípios e valores, garantidos pela tradição, serve de balizamento para a modernização, sem prejuízos dos objetivos.
Portanto, a história dos 101 anos da ACEB revela que ela sempre foi contemporânea em seu tempo, mas com os olhos voltados para o futuro. A reorganização administrativa, a modernização das instalações e a consolidação das finanças permitiu e segue permitindo que a entidade se prepare para as transformações que estão ocorrendo em função da rápida evolução da tecnologia de informática e da comunicação, criando um cenário de desafios e oportunidades para a atividade empresarial.
Continuando com sua atuação institucional, que é o cerne de sua função, a ACEB oferece a seus associados, e aos empresários em geral – especialmente aos de menor porte –, novos e modernos serviços que lhes permitam enfrentar com sucesso esse desafio.
“Os valores e os princípios que nortearam a criação da ACEB, em 1922, e que foram mantidos por seus sucessores por mais de um século, continuam sendo a base para a continuidade da trajetória da entidade pelos próximos anos. E que esperamos ser de muito trabalho e desenvolvimento. No nosso mandato, é isso que defendemos. Um empreendedorismo forte e pujante, sempre”, afirma o presidente da ACEB, Ricardo José Pauletti.